ATRAVESSAMENTO
Atravessamento 2011-14 eletrocalha de
ferro galvanizado
Perfurada
a intervalos regulares, a superfície da peça oferece um complexo jogo de
opacidades e transparências. Conforme nos movemos pela sala, um delicado baile
ótico e luminescente percorre as paredes da peça, deixando entrever, como um
raio-x imanente, as múltiplas camadas de metal que se sucedem. Aqui como
alhures, a experiência do olhar entrelaça-se com a fenomenologia do corpo. E
não deveria ser diferente. Afinal, ao contrário do que supunha o pensamento
perspéctico, não vemos o mundo de forma estática e monocular, como se os olhos
fossem o mero encontro de coordenadas geométricas. A visão, para Eliane, é um
aparelho encarnado, e como tal depende de nossa própria atividade subjetiva. A
aparência construtiva da obra é apenas um desvio estratégico. Embora
evidentemente geométrica e projetiva, a estrutura geral do trabalho pede o
escrutínio da experiência viva. A obra introduz novos percursos arquitetônicos,
envolvendo não apenas o olho mas também o corpo, o tato e mesmo os ouvidos do
espectador, que agora se vê impelido à exploração sensorial.
Perfurada
a intervalos regulares, a superfície da peça oferece um complexo jogo de
opacidades e transparências. Conforme nos movemos pela sala, um delicado baile
ótico e luminescente percorre as paredes da peça, deixando entrever, como um
raio-x imanente, as múltiplas camadas de metal que se sucedem. Aqui como
alhures, a experiência do olhar entrelaça-se com a fenomenologia do corpo. E
não deveria ser diferente. Afinal, ao contrário do que supunha o pensamento
perspéctico, não vemos o mundo de forma estática e monocular, como se os olhos
fossem o mero encontro de coordenadas geométricas. A visão, para Eliane, é um
aparelho encarnado, e como tal depende de nossa própria atividade subjetiva. A
aparência construtiva da obra é apenas um desvio estratégico. Embora
evidentemente geométrica e projetiva, a estrutura geral do trabalho pede o
escrutínio da experiência viva. A obra introduz novos percursos arquitetônicos,
envolvendo não apenas o olho mas também o corpo, o tato e mesmo os ouvidos do
espectador, que agora se vê impelido à exploração sensorial.
Artur Freitas, crítico e historiador, em Atravessamento
ou o Espaço Antropológico, texto do catálogo Eliane
Prolik Atravessamento, 2012, MuMA - Curitiba, Brasil
ou o Espaço Antropológico, texto do catálogo Eliane
Prolik Atravessamento, 2012, MuMA - Curitiba, Brasil
Atravessamento 2,27 x 5,53 x 30,50 m
Museu Oscar Niemeyer - Curitiba 2014
Atravessamento 1,95 x 1,05 x 12,00 m
Caixa Cultural - Brasília 2011
Atravessamento 2,27 x 12,03 x 6,13 m
Museu Municipal de Arte - Curitiba 2012