PRA QUE





Pra Que, placa de veículo em alumínio e epóxi pó, 2007-09              



















Circulação Pra Que em carrinhos de catadores de lixo reciclável





































      
Pra Que, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2017 





O uso das placas de veículos traz essa identidade de objetos em movimento/circulação, ou seja, de um tipo de mobilidade urbana, a automotiva, que mais cresceu com a industrialização e modernização das cidades (no Brasil, principalmente a partir do início do século XX) e a que atualmente mais polui devido à emissão de gases tóxicos. No lugar do código referido, a artista insere outro "código", poético, de linguagem textual que permite um campo extenso e quase ilimitado de leitura. Cada placa, inteiramente branca, com uma palavra em relevo, tem existência em si, enquanto objeto escultórico e enquanto signo visual e textual. As palavras possuem a condensação imagética e de sentido próprio da poesia, e juntas formam um conjunto de relações possíveis que potencializam uma à outra.


Joana Corona e artista visual, poeta, em Palavras em Trânsito, 
Objetos em Questão,
texto do livro Eliane Prolik, 2011 - Curitiba, Brasil